sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aquilo que todos nós temos com que lidar.

por: Ricardo Oliveira

Sempre há aquele sentimento de que o mundo acabou, de que os pássaros morreram e de que o sol nunca mais vai nascer. Mas tudo isso são apenas respostas sinceras e naturais do nosso corpo. Alguns chamam de inferno astral, outros de tristeza, mas eu tento não dar nomes à sentimentos que não merecem serem nomeados, por isso chamo apenas de "aquilo". Aquilo quem vem logo quando algo acaba, o "aquilo" que vem conversar com você está triste, apenas pra lhe deixar mais pra baixo. Esse tal de "aquilo" é tão presente que já penso em até dar a chave de casa para ele, assim me poupa o drama de ficar naquela dúvida de se deixou ou não eles entrar.  Ele vem bem de vagarinho, se hospeda sem você perceber e vai ficando. Mas hoje descobri como mandar o "aquilo" embora. Tente mostrar pra ele fotos alegres; aquelas fotos que você tirou com ela (mesmo que ela seja o motivo da visita do "aquilo"), ou aquelas fotos da viagem que você fez com a turma, sabe? Ponha um mú0sica alegre, uma música bonita, Marcelo Jeneci dá conta do recado, e cante! Isso mesmo, cante junto com a música! Faça planos, sonhe acordado, caminhe nas nuvens enquanto você sonha. Conte para alguém que o "aquilo" está na sua casa, e com certeza essa pessoa irá lhe ajudar a se livrar dessa visita chata. Coma chocolate, faça seu chá favorito, beba uma cerveja, ou mesmo fume um cigarro. Faça tudo o que você quiser, e mesmo que você não possa fazer nada que queira, crie planos!  Crie um motivo para sorrir. Crie um plano de reconquista, ensaie as palavras que você irá dizer à ela. E se depois disso tudo o aquilo não for embora. Bom... sinto em lhe informar mas, parece que é você que está na casa dele e não quer embora, e não o contrário. 

Um final digno para uma linda peça.

por: Ricardo Oliveira

Quando não encontramos motivos suficientes para culpar outra pessoa é quando devemos começar a pensar se não somos nós mesmos o culpado. Somos culpados de nossa própria dor e tristeza. Ninguém nunca nos prometeu nada, mas mesmo assim criamos expectativas. Mesmo naquela inocente brincadeira de sonhar acordado e planejar um futuro bonito, é ai que criamos nossa própria armadilha. Mas não culpo ninguém além de mim mesmo. Foi eu que sai, fui eu que abandonei quem nunca foi embora. E no final, brilhou como se fosse um troféu de ouro, a verdade que sempre esteve presente. Depositamos secretamente sobre os ombros dos outros uma carga de obrigação, uma obrigação que muitas vezes é formada por egoísmo. Mas cabe a ambos os envolvidos nessa peça teatral a nunca se daemr por vencidso. Cabe aos participantes darem um abraço e dizer que orgulho, “fizemos o que julgamos ser o certo”. E no final quando a cortina se fechar, vamos embora, mas sempre nos lembrando como foi bom tudo o que fizemos juntos.