quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Até onde vai o direito de se expressar?


por: Ricardo Oliveira

Quais as conseqüências do que se escreve na internet? Será que temos o direito de nos expressar sobre quem quer seja e sobre qualquer assunto? Até onde esse direito se estende? Hoje mais cedo testemunhei mais um exemplo de como a internet se tornou muitas vezes um terreno de opiniões, muitas as quais são direcionadas a alguém ou a algo em especifico. Temos realmente o direito de expressar nossos pensamentos em relação aos outros na internet? A verdade é que não. Nosso direito do discurso livre para justamente onde começa os direitos pessoais dos outros, a menos que a outra pessoa esteja ciente de será alvo de uma réplica. Na guerra da retórica ganha aquele que sabe como atingir tanto a audiência quanto a oposição. E a menos que você como fazer o segundo de forma apropriada teu discurso será apenas mais um entre tantos, um discurso que apenas será efetivo para você. O Facebook nos trouxe milhares de novas possibilidades de como nos expressar na internet, e isso é uma coisa boa, pois, agora podemos interagir com aqueles que compartilham dos mesmos interesses, podemos aprender uns com os outros. Mas isso apenas no ambiente correto. O Facebook é um sistema com vários subsistemas, é preciso que as pessoas saibam em quais subsistemas elas podem expressar suas idéias relativas a alguém ou sobre algum tema. Em momento algum ninguém tem o direito de fazer uma critica direta a alguém, a não ser é claro como disse antes, que este alguém esteja ciente que será alvo de uma critica o que no caso seria numa discussão fechada entre ambas as partes. O que ocorro hoje na internet é como se você estivesse caminhando na rua usando uma camiseta vermelha e alguém te parasse para criticar sua escolha quanto  a cora da camiseta, a pessoa diria N motivos, e no final te chamaria de babaca por usar uma camiseta dessa cor. Na realidade todos nós temos criamos opiniões sobre os outros que nos cercam, mas guardamos tais opiniões para nós mesmos. A razão disso vária, entre segurança (nunca sabemos se a pessoa reagiria de forma violenta), e também porque a sociedade não suportaria tanta honestidade assim. E as conseqüências desse tipo de discurso vai muito alem do que se pode ver a primeira vista. As mesmas armas que você atacando alguém são as que são usadas contra sua religião, classe social, e etnia. Por isso é imperativo que esse tipo de discurso seja abolido não apenas da internet, mas também da sociedade fora dela. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Algumas memórias.


por: Ricardo Oliveira

 Recordo-me dos passeios que dava pelo parque, parecia bobo, mas no momento fazia algum sentido. O musgo que crescia na arvore e a grama que se recusava a cobrir certos espaços, tudo isso ainda estão lá. O que não está mais lá sou eu. Do dia que choveu e tivemos de correr para procurar abrigo, faz tanto tempo, mas mesmo assim me lembro. Lembro-me não por querer continuar vivendo sempre no passado, mas sim por que sei que são memórias felizes. Embora a vida caminhe sempre a passos largos são as pequenas coisas que nos fazem continuar querendo vive-la. 

domingo, 19 de agosto de 2012

A classe média mudou.


 por: Ricardo Oliveira

A classe média mudou, não se interessa mais por carnês de geladeiras e sim por carnês de televisores finos, mais fino que folha de papel.  A classe média cresceu, não é mais a criança que se satisfaz com um carrinho qualquer, ela quer aquele sedan que alugou na viagem a Miami. Ela já acha que o Guarujá virou muito povão, acha que o top agora é Maresias. A classe média trocou a ida à rodoviária pelo pulinho ao aeroporto. Ela acha que dar gorjeta no exterior é bobeira, mas acha ruim quando é mal atendido pelo taxista em Nova York. Paga excesso de bagagem de tanto creme da Victoria Secret’s que trouxe, diz que é pra revender para as amigas do pilates.  Acha que assistir um jornal e ler uma revista semanal é o suficiente para ficar informado, e com isso da palpite em tudo e em nada ao mesmo tempo. Já não lembra em quem votou, mas sabe que não foi naquele partido de estrela vermelha, acha que tem algo a ver com comunismo.  As crianças da classe média também mudaram já que brincar na rua ficou muito perigoso depois que a favela chegou tão perto, acha então o máximo jogar bola no campo do condomínio entre as torres de apartamentos. Acham também que se não passar na universidade pública sem cursinho normal, afinal não é nenhum nerd. A classe média mede o nível de conforto pelo número de carros na garagem, e já nem faz mais a conta para ver se compensa fazer uma academia tão longe. Sim, a classe média mudou, mudou tanto que já não acha que seja classe média mais. Mas se a classe média deixar de ser a classe média... quem será?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Redenção.


por: Ricardo Oliveira.

Ele a pegava pelo braço e a arrastava pela praia. Ela relutava, dizia que não queria ver, empacava, mas sempre desistia e o acabava acompanhando. Após uma caminhada curta chegaram ao tal ponto, bem a tempo de ver o por do sol.
-E agora? – Ela perguntou.
-Agora ficamos aqui olhando e fingimos que isso nos toca.
-E depois?
-Depois vamos para casa tentar nos amar.
-Um por do sol não vai nos salvar, você sabe disso não é?
-Ao menos eu to tentando salvar o que nos resta.
-Não tente, foi você que o matou primeiro.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A chama.

por: Ricardo Oliveira

O bar estava lotado, era uma sexta feira e a cidade fervilhava de vida. Eles haviam tido de esperar quarenta minutos por uma mísera mesa vazia, e isso a havia irritado. Porém, ele sabia como lidar com essas pequenas irritações momentâneas dela. Com ambos devidamente sentados e cervejas geladas sobre a mesa, veio o silêncio. Depois de um tempo o silêncio se tornou o verdadeiro regente da relação. Não por falta de amor, mas sim pela falta da renovação do mesmo. Aquilo que, antes era o quente da coisa, esfriou. O que era o diferente se tornou banal. No entanto, chega de adendos, nosso casal estava lá, sentado na mesa. Apenas os dois em silêncio, fitando os copos de cerveja. Quando alguém quebrou o silêncio, foi ela.
- E ai?
-E ai o que? – Ele respondeu.
-Vai ficar ai só calado?
-E tem algo a ser dito?
-Grosso!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Uma relação entre mim e eu mesmo.


 por: Ricardo Oliveira

Hoje é sobre o amor próprio, não aquele amor que impede de nos entrarmos em depressão, mas aquele amor que nos faz querer transar com consigo mesmos! Certas pessoas são feias e outra bonitas, e não adianta dar uma de filosofo de araque e dizer que a beleza é relativa, pois ela não é mais! Faz mais de 60 anos que a sociedade nos molda de tal forma a adotarmos certas idéias de beleza, e é isso que aconteceu. Cada uma sabe bem o que é bonito e o que é feio. Claro que essas idéias mudam com o tempo, afinal de contas as gordinhas nuas da renascença já deixaram muito marmanjo de piru duro, ou o cabelo em formato de cuia dos Beatles já deixou uma legião de jovens garotinhas em ambos os lados do atlântico com suas roupas de baixo úmidas. Mas por mais que o conceito se altere um pouco a idéia ainda permanece a mesma, todo mundo sabe se é bonito ou não, e isso não tem nada a ver com amor, isso é tesão. É sentir uma excitação abstrata e emocional quando nos vemos no espelho, é pensar também se outras pessoas vão achar o mesmo. Quando nos olhamos no espelho e vemos nosso corpo pensamos como estamos, e se podemos melhorar, às vezes é essa busca que nos permite mudarmos para melhor. Pois pensem comigo, se realmente ninguém ligasse para o que os outros pensam, ninguém iria nem sequer tomar banho! A vida é uma safada ordinaria, e ela vai te ignorar até o ultimo momento, por isso antes de sair por ai se apaixonando por toda gostosa, ou por todo saradão no caso delas, pense se você já se apaixonou por você mesmo hoje. Fique tranquilo não há nada de errado em ser um pouco narcisista a ponto de querer transar consigo mesmo. E ai já transou hoje no espelho?

domingo, 6 de maio de 2012

Mensagens e Mensageiros


por: Ricardo Oliveira

Mensageiros do vazio, é isso que nós somos. Apenas portadores de uma mensagem desconexa e sem forma aparente. Que forma teria a mensagem primordial, ou melhor ainda, o que diz essa mensagem? Talvez ela diga que o motivo de tudo é que devemos sofrer, ou talvez não. Talvez ela exista para nos lembrar de não sofrer. Essa mensagem que carregamos é um fardo que nem nós mesmos conseguimos decifrar, logo ela deve ser endereçada a outra pessoa. Já que somos mensageiros nosso dever é o de entregar a mensagem. Entregar a alguém que amamos, a alguém que seja realmente a pessoa certa. Quando encontrarmos a quem essa mensagem é endereçada vamos descobrir que não carregamos mensagem algum, pois, nós somos a mensagem.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Aqueles tais sentimentos a primeira vista.

por: Ricardo Oliveira

Se me perguntarem no que eu não acredito irei responder que eu não acredito em amor a primeira vista! Por mais extremista que essa afirmação possa parecer eu explico. Simplesmente não acredito que tal coisa sem razão possa existir. E não venha me dizer que o amor é sem razão! O amor tem razão sim! Tem toda a razão que um sentimento como esse possa ter. Mas amor a primeira vista é algo simplesmente inexistente, como pode alguém dizer com certeza que ama alguém no primeiro momento que a vê? Elas não se conhecem, elas nem sequer trocaram palavra, como pode haver amor?! Como podemos dizer que aquela é A mulher quando nem ao menos sabem quem é essa mulher? No primeiro momento que conhecemos alguém a primeira informação que recebemos daquele alguém é nos dado através dos nossos sentidos mais extra-sensoriais. 

sábado, 31 de março de 2012

O ciclo dela.

por: Ricardo Oliveira

Foi falando de amor que ela descobriu o quão inevitável era o fim. Para ela o começo tinha sido rápido e feroz, como um caminhão que passara por cima do bom senso. Ela não sabia direito oque estava fazendo, e não podemos culpá-la por isso. Todos nós já cometemos erros em nome de um possível amor, e de quem sabe um final feliz para nós. Mas diferente de muitos de nós, ela logo viu que aquilo era um erro. Não exatamente um erro, mas algo não estava certo ali. Talvez por medo ou por indecisão ela decidiu mudar seu discurso. Ela já não falava mais de amor, ela se tornou evasiva, já não o queria mais. Ele a achou louca, criou raiva e nunca mais falou com ela. Ela se sentiu mal, mas sabia que não podia voltar atrás. Após um breve momento de mágoa e tristeza ela superou tudo. Hoje ela só sabe uma coisa: aquele novo rapaz está de olho nela, e ela até vê um certo charme nele... e assim, o ciclo se reinicia.

Apenas mais uma historia.


por: Ricardo Oliveira

Quando ela veio meus olhos olhavam o nada. E foi se aproximando com um sorriso leve, e com um ar de tranquilidade que eu nunca havia sentido na vida. Minha atenção logo foi capturada pela aura daquela mulher, mas confesso que eu quase que imediatamente me deixei levar por ela. Afinal de contas, porque eu resistiria a ela? Nosso primeiro contato foi bobo, quase que banal. Mas foram os seguintes que me fizeram amar cada vez mais aquela mulher. Ah, aquela criatura em toda sua formosa soberania de ser simplesmente linda e maravilhosa. Nesse ponto você pode estar achando que essa minha historia de amor teve um final feliz, certo? Mas como várias outras historias de amor, essa minha não teve seu merecido final feliz. A razão não pode ser posta aqui de modo simples, talvez acabou porque deveria acabar. Embora eu tenha ficado ressentido nos primeiros momentos, hoje eu me sinto muito tranquilo quanto a isso. Isso porque embora essa historia em particular tenha acabado, eu tenho várias outras, e isso me dá esperança. Espero começar várias outras histórias de amor, até onde a vida me permitir.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O tempo de amar.

por: Ricardo Oliveira

O tempo de amar já não se faz mais presente. Hoje o tempo é nada mais é que do que aquilo que faz a vida caminhar. Antigamente quando o tempo de amar ainda existia, nosso maior desejo era o de burlar as leis temporais, e fazê-lo passar mais de vagar, ou em algumas vezes simplesmente fazer o tempo parar! Mas hoje já não faz mais diferença se o tempo passa rápido ou devagar. Aquela mulher fazia o tempo passar sempre devagar, cada minuto com ela carregava uma importância muito maior do que o minuto que passa enquanto escrevo isso. A tristeza acarretada por aquela amor também se demorava a passar, mas isso fazia parte da luta de amar. Eramos condicionados e tentar conciliar o tempo com o amor, afim de sempre tentar aproveitar aquela paixão. Mas hoje o tempo já não faz mais diferença. E assim esperamos até quando aquele tempo de amar voltar.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Paixão? Quem sabe algo a mais.


por: Ricardo Oliveira

Paixão, ah essa doce e querida palavra. Que muitas vezes é pronunciada sem a devida atenção, já que ao menos para mim paixão é uma palavra tão bonita quanto amor, ou quem sabe até mais. O lance da paixão é que ela é forte, é quase como uma coisa viva, algo que você não controla. Se fosse apenas carinho, bah! Que graça teria? Todo aquele lance das borboletas voando dentro do estomago, os anjinhos tocando harpas ao redor da sua cabeça, e flores brotando ao redor... Tudo uma grande chatice! Um amor de verdade não nasce e nem se estabelece do dia pra noite, você não conhece uma garota hoje e amanha pede ela em namoro amanhã. Na verdade ninguém aceita o fardo de ter um relacionamento sério com alguém sem antes esse alguém ter pisado algumas vezes em você. Acho que no final somos todos um pouco masoquistas, correr atrás, fazer versos de amor para impressionar, comprar um chocolate para ganhar o carinho, são todas etapas de uma verdadeira odisséia! E se no final era amor de verdade, ele não nasceu assim de repente, quem chegou primeiro foi a paixão! Aquele tesão sabe? Aquele desejo a primeira vista é o que decide os próximos passos a serem tomados. Mas a paixão não é apenas esse tesão sem nada de maior no meio, a paixão é esse tesão aliado a um carinho que brota do nada. E logo quando você achava que naquele deserto de sal que existia dentro de você nada poderia sobreviver, eis que surge aquilo! Não um jardim de flores à lá Versalhes, mas sim um harém porque apenas em um lugar destes um desejo tão profano poderia surgir. Profano mas ao mesmo tempo digno. Digo profano porque é ai que surge aquele sentimento de egoísmo, onde tudo que você quer é pegar aquela pessoa pra você e ir embora daquele lugar, e então alugar um quarto na praia e ficar lá com ela por uma semana, e depois dessa semana ver o que fazer quanto tudo aquilo. Pois bem,  eu só quero que vocês se lembrem disso. Deque um amor de verdade só existe se antes aquela paixão forte, pecaminosa e quente aparecer. 

domingo, 4 de março de 2012

Sopro na fumaça


por: Escritor Errante

E hoje de alguma forma muito estranha enquanto a fumaça subia do cigarro que estava aceso o vento me trouxe algo que mexeu com meus sentidos, aquele cheiro do cabelo dela que eu acreditei que nunca mais iria sentir nessa vida. Trazendo a tona uma história inteira em alguns segundos, e assim como o vento veio a lembrança se foi.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A grandiosa distância do estar perto.


por: Ricardo Oliveira

Ela está aqui, e mesmo assim está longe. Quando a música diz que, “te ver e não te querer é improvável é impossível”, ela está certa. Toda essa frieza e sentimento de que eu não existo não me causam dor nem raiva. Apenas me causa um sentimento de que falta algo nisso tudo. Talvez um ponto final de verdade ou uma conversa que nunca aconteceu. Sinto tanta culpa nisso tudo que eu não consigo pensar em mais nada a não ser pedir desculpas. Mas sei que não posso me desculpar pelo o que eu não fiz. Mas a verdade é que hoje em especial, ela está lá e eu aqui. Separadas por algumas mesas apenas...