sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Jardins de paixões.

por: Ricardo Oliveira

E como o poeta já dizia, “posto que é chama que seja eterno enquanto dure”, tendo isso em mente, não há porque chorar. O segredo da boa vida está em não achar que tudo é infinito, pois se até a vida acaba em certo ponto porque esperar o oposto do amor? Mas a verdade é que mesmo a paixão e o amor sendo finitos físicamente, nós podemos transformá-los em algo eterno. Podemos transformar cada mero minuto em algo tão duradouro quanto o próprio tempo.
Trata-se de uma tarefa muito simples na realidade, onde você pega cada simples momento daquela paixão e a transforma em um botão de lótus, ou rosa, ou sejá lá qual for a sua flor favorita. E quando essa flor desabrochar bem na sua mão assista enquanto uma torrente de energia irá inundar tudo ao seu redor. E quando você tiver flores suficientes ponha cada uma delas lado a lado, e crie um jardim para a alma.
E então quando o fatídico dia chegar, quando a paixão se apagar, e quando o amor morrer; se lembre daquele jardim cultivado nas bases do amor e do carinho. Quando você for contemplá-lo no futuro observe-o com paz e sem pressa. Se você sentir raiva afaste-a de você o mais cedo possível, pois naquele território as únicas emoções permitidas são as boas; as mesmas que você sentia quando aquele amor ainda era vivo.
E não se preocupe se você achar outra paixão, há espaço suficiente no coração para infinitos jardins.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um lindo casal [2].


  Obs: este texto é uma continuação do anterior e não foi escrito por mim, nomes foram alterados.

Acordei algumas horas depois, com o meu celular tocando. Já era 11 e meia.
Era Mariana, me informando novamente sobre o nosso programinha daquele dia. Droga, tinha esquecido! Sexta era sempre dia de se reunir com as antigas amigas da escola, colocar o papo em dia, enquanto ríamos da vida alheia.
Eu o acordei gentilmente, beijando-o na boca,e passando a mão no seu cabelo encaracolado. Enquanto ele ainda despertava, levantei-me a fim de fazer alguma coisa para o nosso almoço. Tomei um rápido banho, sob constantes protestos por parte do dele para que eu voltasse para cama.
Fui para cozinha, ainda pensando no que poderia ser feito para o almoço. Decidi-me a fazer um strogonofe de frango, prato que sempre adorei desde a minha infância.
Fui surpreendida meia hora depois com ele atrás de mim, cheirando ao mais gostoso dos sabonetes, seu cabelo ainda molhado, em mais uma de suas tentativas bem sucedidas de me assustar:
                - É impressionante, disse ele. Sempre consigo te assustar! Como você pode ser tão lenta, hein?
              Dizendo isso, ele riu infantilmente, e eu acabei por rir também.
              - É por que você é sempre tão bom, sempre com uma nova tática de assustar sua pobre mulher. Eu disse, um pouco ironicamente.
              Ele riu de novo, e disse que ia assistir TV. Eu assenti, enquanto voltava aos meus afazeres culinários.
              Cerca de 1 hora e meia depois, estávamos almoçando o meu humilde estrogonofe, o qual ele elogiara com imenso prazer.

Um lindo casal.

Obs: este texto foi escrito por mim em 2009, nomes foram alterados.

Já eram quase dez horas e eu estava na sala vendo TV impaciente, e ela pra variar estava se arrumando, e nós já estávamos ficando atrasados.
Bem, eu até gosto de sair com ela nas noites de sábado, mas essa demora pra se arrumar me deixava doido, embora eu também nem dizia nada. Ficar berrando apressando-a não iria adiantar merda nenhuma, então eu simplesmente me sentava no sofá e começava a ver televisão.
Lá pelas dez e quinze ela estava pronta, e me disse:
-Então vamos?
Pra dizer a verdade eu quase nem ouvi-a falar, ela estava linda, maravilhosa!
E meu chapa, devo dizer, e como ela estava linda! Seu curto vestido que ia mais ou menos até os joelhos pareciam que tinham sido feitos para ela. O vestido tinha uma estampa floral bem alegre e combinava bem com a estação (verão), nos pés uma linda sandália simples, mas ao mesmo tempo refinada. Seu cabelo estava solto, liso e com uma franjinha que me fazia babar cada vez que eu a visse.
Bem enfim entramos no carro e dirigimos até o bar - era um desses bares que os jovens bem sucedidos e os velhos com dinheiro freqüentam. Tinha o melhor chopp da cidade e a comida não era nada má também, e pra variar ele estava lotado! Também, quem que iria ficar em casa em uma noite agradável e fresca como aquela? Com certeza que ninguém!