quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um lindo casal [2].


  Obs: este texto é uma continuação do anterior e não foi escrito por mim, nomes foram alterados.

Acordei algumas horas depois, com o meu celular tocando. Já era 11 e meia.
Era Mariana, me informando novamente sobre o nosso programinha daquele dia. Droga, tinha esquecido! Sexta era sempre dia de se reunir com as antigas amigas da escola, colocar o papo em dia, enquanto ríamos da vida alheia.
Eu o acordei gentilmente, beijando-o na boca,e passando a mão no seu cabelo encaracolado. Enquanto ele ainda despertava, levantei-me a fim de fazer alguma coisa para o nosso almoço. Tomei um rápido banho, sob constantes protestos por parte do dele para que eu voltasse para cama.
Fui para cozinha, ainda pensando no que poderia ser feito para o almoço. Decidi-me a fazer um strogonofe de frango, prato que sempre adorei desde a minha infância.
Fui surpreendida meia hora depois com ele atrás de mim, cheirando ao mais gostoso dos sabonetes, seu cabelo ainda molhado, em mais uma de suas tentativas bem sucedidas de me assustar:
                - É impressionante, disse ele. Sempre consigo te assustar! Como você pode ser tão lenta, hein?
              Dizendo isso, ele riu infantilmente, e eu acabei por rir também.
              - É por que você é sempre tão bom, sempre com uma nova tática de assustar sua pobre mulher. Eu disse, um pouco ironicamente.
              Ele riu de novo, e disse que ia assistir TV. Eu assenti, enquanto voltava aos meus afazeres culinários.
              Cerca de 1 hora e meia depois, estávamos almoçando o meu humilde estrogonofe, o qual ele elogiara com imenso prazer.

Ele tinha esse peculiar desejo de sempre tentar me agradar, mesmo com as mínimas coisas. Eu, é claro, admirava muito isso nele, e sempre me deliciava com seus gentis comentários.
Depois do almoço, fomos ao shopping. Eu precisava comprar alguns livros e ele alguns filmes antigos, que ele sempre gostara tanto. Nos reunimos novamente, duas horas depois, em frente ao Mc Donalds. Lanchamos e depois decidimos ver um filme, o típico programinha de casal apaixonado. A escolha foi algo particularmente difícil, pois havia mais de um filme interessante em cartaz. Nos decidimos por final em um romance policial, com alguns dos atores badalados do momento. O filme de todo até que não foi ruim, tirando o fato de que um casal atrás de nós estava se agarrando e se beijando intensamente, não conseguindo abafar seu próprios ruídos. Nós rimos da situação, enquanto pessoas perto de nós ficavam constrangidas.
 Tínhamos um jeito muito especial de lidar com certas situações, diferente das outras pessoas. Sempre considerei isso como um ponto muito forte em relação a nós dois, além de nossas afinidades musicais e artísticas.
    Voltamos para casa, logo depois do filme, já estava escurecendo. Ele iria para um barzinho com alguns amigos, e eu me encontraria com minhas garotas. Uma coisa eu devo dizer a respeito do Dele.                         Em toda minha vida, me deparei com poucas pessoas que pudessem separar tão bem amor da amizade. Ele sabia, como poucos, a dose certa para que cada tipo de relacionamento desse certo, e para que nenhum se tornasse mais importante do que o outro. Era, de fato, uma pessoa extremamente curiosa e interessante, alguém que eu adorava passar cada momento da minha vida junto.
Ele saiu antes de mim. Sua pontualidade era algo que certamente me deixava com um pouco de inveja. Nos beijamos apaixonadamente durante alguns minutos, não queria deixá-lo ir. Finalmente soltei-o e o observei enquanto saía da garagem com seu carro. Sai cerca de uma hora depois, indo me encontrar com Mariana num restaurante perto. Logo após de ter me encontrado com Mari, recebi uma mensagem dele que dizia : Sem você, cada minuto a mais é um minuto a menos na minha vida. Ri amorosamente para mim mesmo, enquanto tentava prestar atenção nas fofocas recentes que Mariana tão nervosamente me contava.

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