O décimo segundo mês.

por: Ricardo Oliveira


*sim falta revisão* (fuuuuu...)

Estamos em dezembro, o último e mais festivo mês do ano. Ao longo da vida você acaba percebendo certos padrões no mês de dezembro. Tem de tudo! De amigo secreto até o famigerado ano novo. Mas é também nesse mês que nosso querido Brasil assim como tantos outros países do hemisfério sul se encontra no verão. Ah o verão!  Tudo isso em apenas uma estação. Obvio que devido às mudanças climáticas o verão hoje em dia é bem diferente de quando éramos mais novos. Por exemplo, me lembro de quando eu era criança, você tostava o dia inteiro na praia para sentir de noite aquela brisa marota que amenizava as dores das queimaduras de sol. Mas hoje em dia é diferente.

Hoje durante o dia temos praticamente o armageddon terreno, o sol é tão forte que faz com que a areia da praia quase que derreta a ponto de virar vidro. E de noite ao invés da brisa refrescante temos um ar tão quente que queima nossos olhos. Mas está tudo bem! Afinal de contas você está na praia. Pior fosse se estivesse em alguma cidade do interior. Ai meu amigo, é quente, seco e com remotas possibilidades de amenizar a situação. Pois a menos que você tenha uma piscina o melhor a fazer é ficar dentro de casa torcendo para não morrer de desidratação. Na praia pelo menos temos o mar. Isso claro se você conseguir chegar até ele. E caso você consiga. você tem que praticamente delimitar seu território dentro da água. Afinal de contas você não quer nenhuma criança mijona dentro do teu circulo aquático de conforto, não é mesmo?

Outra coisa que percebemos em dezembro são as fotos que as pessoas costumam colocar na internet. Ótima maneira de dizer “hei! Estou na praia aqui curtindo se fode ai você que não está!”. Da até vontade de mandar um recado dizendo onde aquela pessoa deve enfiar essas fotos. E caso ela não fosse tão linda, gostosa e não estivesse de biquíni eu bem que poderia mandar tal recado. Mas tudo bem, se eles estão lá em baixo eu estou aqui em cima. A cada foto de praia colocarei duas de neve. Não que seja uma luta justa. Afinal de contas o que tem de bom na neve? Esquiar? Eu não sei esquiar. Snowboard? Se em esquiar eu sei imagine snowboard. No máximo irei ficar em meio a neve tomando um chocolate quente e passando o meu precioso tempo.

Mas assim como todo mês, dezembro também termina. São os cinco dias mais agitados que uma pessoa pode ter no ano. No natal você se reúne com parentes.  Come como um porco até passar mal, vamos lembrar sobre a agradabilíssima temperatura que faz nesta época do ano, (isso claro no Brasil, já aqui em cima você come como um porco mas não passa mal, afinal com tanta neve no máximo você vai beber até se embebedar e acabar dormindo), já no dia seguinte ao natal, ainda no dia vinte e cinco, você arruma as malas, enche o carro até não poder mais e vai para a praia passar o ano novo. Ai sim começa a diversão, logo chegando à cidade você percebe o que te espera. Engarrafamento na estrada, engarrafamento dentro da cidade, engarrafamento para comprar pão, até engarrafamento na fila do banheiro. Mas você suporta tudo com alegria, afinal de contas ano novo é apenas uma vez por ano. No dia trinta e um, você está lá na praia com o pior champanhe que se pode comprar, você espera ansiosamente a queima de fogos, e é neste momento que você repensa o ano inteiro que passou. Você lembra das mulheres com quais ficou, das que te chutaram, e das que você não conseguiu, enfim setenta por cento do que você lembra é sobre mulheres, os outros trinta são o resto. E finalmente chega meia noite e o ano muda. Mas você ainda continua o mesmo. Pulando ondinha como no ano passado e abraçando gente que você não conhece.

E apesar dos pesares, dezembro sempre é o mês que todos querem que chegue o mais rápido possível. É um mês que amamos e odiamos, mas assima de tudo é um mês que sempre chega.