quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cruzada urbana.

Por: Ricardo Oliveira


Caminhar tem se tornado uma tarefa mais ardua a cada dia que passa. É difícil se mover do ponto A até o ponto B, sem ao menos ter passado por outras letras querendo ou não, chega até ser engraçado como quando chegamos ao nosso destino e pensamos 'Meu Deus, de onde eu sai ?'. Descemos a rua, e alguém nos aborda, é um pedinte, ele tenta se fazer de amigo, até parece ser humilde, mas nada disso amolece nosso coração de pedra, dizemos que não temos nada e saimos andando sem olhar para trás, talvez nós não olhemos para ele de novo por medo! Medo de querer ajuda-lo, medo de gostarmos dele, e é por isso que continuamos nossa cruzada pessoal até o nosso destino. Quanto mais vamos nos deslocando cruzamos com mais e mais pessoas, e se você simplesmente prestar um pouco de atenção nelas, poderá imaginar as mais incríveis histórias de vida e assim podemos teme-las ou admira-las, mas tudo isso não passará de suposições; e sabem porque ? Pq nós nunca iremos conhece-las de verdade, elas sempre serão desconhecidas para nós!! Na verdade todas as pessoas do mundo serão sempre desconhecidas de certa forma, nunca sera possível conhecer alguém de verdade, pois nem elas mesmas se conhecem por completo!! E talvez seja melhor assim. Em uma esquina há o desconhecido, há o assustador, algo dentro de nós nos diz para não vira-la, mas que de dane!! Nós a viramos mesmo assim, pois o desconhecido é tentador, é pecaminoso, é sensual, e adrenalina!! Mas não é nessa esquina, é apenas um cachorro deitado, espero que ele esteja tendo bons sonhos. A cada rua, a cada casa, a cada pessoa que deixamos para tras nos deixa mais perto do destino, do nosso Santo Graal urbado, e enfim chego aonde sempre quis chegar, me sento e peço meu café.

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